O livro O símbolo perdido apresenta várias questões sobre a maçonaria, seus membros e sua influência sobre a construção da capital norte-americana e sobre o mundo em geral. A trama tecida por Dan Brown entusiasma os amantes das teorias conspiratórias. Mas como separar a realidade da ficção? Para nos esclarecer sobre este assunto, fizemos uma entrevista com o presidente de uma das lojas maçônicas mais ilustres e bem-sucedidas da Flórida, a Hibiscus #275 Maçons Livres e Aceitos. Todos os governantes de lojas maçônicas possuem um título que distingue sua função e suas responsabilidades dentro da própria organização. Neste caso, a autoridade entrevistada é o "Venerável Mestre", Alfred Smith de Castroverde. 

Pergunta: É verdade que podemos encontrar símbolos maçônicos em toda parte?
Resposta: Sim, eles realmente existem, mas não se deve exagerar. Alguns maçons deixaram símbolos e edifícios a longo da História para que as futuras gerações de adeptos pudessem entender como e por que algo foi feito. No entanto, é importante compreender que o ser humano, por sua própria natureza, tem uma tendência a buscar padrões e repetições. Um exemplo claro são as nuvens. Uma mesma nuvem pode ser vista e percebida de diferentes formas por várias pessoas. Para uns, a nuvem parece um urso de pelúcia, para outros, um unicórnio. A verdade é que ela não é nem um urso, nem um unicórnio, mas simplesmente uma nuvem. É importante ser sensato, estudar e investigar o que se vê, em vez de supor as coisas e depois manifestá-las como fatos. 

Pergunta: É verdade que os maçons são descendentes dos cavaleiros templários?
Resposta: A resposta curta é NÃO. Há muitas hipóteses e estudos que sugerem as origens da maçonaria. Dependendo do ponto de vista, a maçonaria pode remontar aos tempos dos antigos egípcios. A realidade histórica da fraternidade maçônica como ela é conhecida hoje em dia data de 1723. Foi quando foram criadas as Constituições Maçônicas de Anderson e as lojas maçônicas existentes na Europa, que aglutinaram seu poder em um só corpo, chamado A Grande Loja Unida da Grã-Bretanha (The United Grand Lodge of England). Mas nesta época, todos os templários medievais já estava mortos há vários séculos. 

Pergunta: Os maçons são ricos porque possuem o tesouro dos cavaleiros templários?
Resposta:Definitivamente, não. Se soubéssemos onde está o tesouro dos cavaleiros templários, seria nosso dever social entregá-lo em mãos para as instituições apropriadas. Neste caso, seriam os museus de diversas partes da Europa, já que tal tesouro constituiria parte de seu patrimônio nacional. Acima de tudo, uma das maiores preocupações da nossa fraternidade é conservar e defender a sociedade e os países onde vivemos. Roubar o patrimônio histórico de uma nação não é uma boa forma de se conseguir isso. Além disso, nossa sociedade é tão variada como qualquer outra. Como tem milhões de membros, é normal que alguns deles sejam influentes e endinheirados, assim como muitos outros não são.